Moinho da Fialha - Enquadramento Geral

Apresentação:

Moinho da Fialha é um Moinho de Vento, cedido à Cercipeniche, em regime de direito de superfície por um período de
20 anos, pela Câmara Municipal de Peniche.
Este Moinho está atualmente a ser recuperado pela empresa Arte ao Vento, ao abrigo de um protocolo celebrado entre
a Câmara Municipal de Peniche e a ENERNOVA, empresa que instalou o parque eólico na Serra D'El-Rei.
No âmbito deste Protocolo, a empresa ENERNOVA comprometeu-se a custear as obras, até ao montante máximo de
100.000,00€.

História e Evolução do Moinho:

Em termos históricos e ao que nos é dado a conhecer, o seu primeiro proprietário foi Francisco José da Motta e a sua mulher
Maria José da Mota, residentes em Peniche.
Mais tarde, por escritura lavrada a 13 de Fevereiro de 1882, procederam à sua venda a favor de Manuel Correia Fialho.


A 29 de Março de 1893, foi feita a inscrição da propriedade na Conservatória das Caldas da Rainha em seu nome e de sua mulher Maria da Conceição Fialho.
Por morte de Manuel Correia Fialho, ficou como única e universal herdeira a viúva, por não haver filhos.

Em 1942, com a morte de Maria Conceição Fialho, os seus bens
foram herdados pelos seus sobrinhos.

Anos mais tarde, por escritura lavrada a 20 de Janeiro de 1978,
pelo Notário Privativo da Câmara Municipal de Peniche, o Moinho e
o terreno onde este se situa, passou a pertencer à Câmara Municipal
de Peniche.

 Moinho da Fialha



Moinho da Fialha



O chamado Moinho da Fialha, para além de ter moído ao longo
dos anos trigo rijo e farinha em rama, também desempenhou,
nos seus últimos anos de atividade, um importante papel ao
moer enxofre, para ser aplicado a fim de evitar a filoxera.

De par de meias a Norte, com o terreno onde esteve por
longos anos implantado moinho de Arsénio Martins Garavanha,
designado por Moinho da Garavanha, e que foi demolido para
dar lugar às instalações do edifício da central elétrica, onde está
hoje a ser construída a futura Biblioteca Municipal, acabou por
se gerar algum equívoco na designação do Moinho, chegando a
ser apelidado por Moinho da Garavanha ou do Garavanha.

Tal só foi possível esclarecer, com a prestimosa ajuda do Sr. Fernando Engenheiro que elaborou a resenha história do Moinho da Fialha
e que doou à Cercipeniche a Escritura que data de 29 de Março
de 1893.

Terminada a sua recuperação perspetiva-se que sejam desenvolvidos neste espaço projetos educativos junto da comunidade e da promoção
da sua inserção turística.
Para além disso, pretende ainda funcionar como fator de integração na comunidade das pessoas com deficiência que frequentam o Centro de Atividades Ocupacionais da instituição.

No mesmo terreno está ainda projetado a construção de uma estrutura de apoio ao Moinho.
Esta estrutura é composta por uma loja, duas instalações sanitárias adaptadas para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida,
uma cozinha e compartimentos para arrumos.

Perspetiva-se que este espaço venha a ser composto por um espaço de receção e ponto de venda, informação e centro de recursos com a
seguinte oferta de produtos e serviços: receção de público, informações turísticas e culturais, informação sobre moinhos, realização de
visitas guiadas ao Moinho de Vento com destaque para escolas e outras artes e ofícios tradicionais da região.

Neste espaço estarão também à venda produtos artesanais realizados por pessoas com deficiência na instituição, bem como farinhas
produzidas pelo Moinho.
Uma visita a este espaço será sobretudo, uma viagem ao conhecimento de uma das memórias rurais da herança cultural da Região Oeste e
em particular do Concelho de Peniche.